sexta-feira, 18 de dezembro de 2009

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Do Sound Systems e Toasters jamaicano ao rap estadunidense


....O rap, abreviação de rhythm and poetry, gênero musical cuja tradução para o português é ritmo e poesia, tomou, nos Estados Unidos na década de 1970, a forma pela qual ficou mundialmente conhecido. Entretanto, os componentes que lhe deram origem surgiram na Jamaica, país com grande contingente de população negra, em razão da utilização em massa da mão-de-obra escrava africana, que durou até o ano de 1838 quando a escravatura foi abolida pelo parlamento britânico, “[...] abalando a estabilidade econômica do país graças ao decréscimo no número de empregados na cultura de açúcar (principal atividade econômica na época)” (WU; SCOTT; CHACON; RICUPERO, 2006, s/p).
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....Nos anos de 1960, começam a aparecer, nos guetos de Kingston, capital da Jamaica, os sound systems (animadores de bailes) e os Toasters (mestres de cerimônias), que usavam as ruas dos guetos (1) para animar festas ali realizadas, utilizando carros de som com grande potência sonora, tocando diversos ritmos, entre eles os jamaicanos. Essas festas eram uma alternativa de diversão popular que levava grande concentração de moradores dos guetos para as ruas, considerando-se que a grande maioria dos freqüentadores não tinha condições financeiras para usufruir das práticas (teatros, musicais, ópera e outros evento refinados) que a cultura erudita oferecia a um seleto público da sociedade que tinha condições de desembolsar altas quantias em dinheiro para apreciar esses eventos. (SEVCENKO, 2002, p.70-73).
1. “bairros onde ficavam confinados minorias por imposição econômica ou raciais” (ALZUGARAY,2002).

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....Em tais ocasiões, os sound systems, além de tocarem músicas que já ocupavam lugares nas paradas de sucessos das rádios, funcionavam também como divulgadores de músicas de grupos independentes ou que eram desprezadas pelas rádios locais, como no caso da música “Simmer Down” do grupo Waling Wailers do cantor Bob Marley, composta com gírias provenientes dos guetos. Em razão disso, o grupo foi boicotado e taxado pelas rádios como rude boy (barra-pesada) (2).
2. O termo rude boy se aplicava a uma parcela dos moradores de Trenchotown e de Concrete Jungle, duas das principais favelas de Kingston, para se referir aos malandros “barra-pesada” dessa área. Eles andavam armados, e na maioria das vezes, estavam alterados. Ouviam ska e adoravam provocar confusões em geral.
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....No entanto, utilizando-se dos sound systems, o grupo conseguiu divulgar suas músicas e conquistar a juventude jamaicana. Conseqüentemente conquistaram seu espaço também na mídia (MOFFA, s/d). Os Waling Wailers se transformaram então em uma das mais importantes celebridades da música jamaicana, ficando mundialmente conhecidos. Tendo como estilo o reggae, uma evolução do ska (3), construíram, como marco de sua carreira, músicas que trazem em suas letras temas que retratam a realidade dos guetos jamaicanos, alertando seus ouvintes para problemas sociais, raciais e políticos. Como é o caso da música composta por Bob Marley “Redemption song” (Canção de Redenção).
3.O reggae foi uma evolução do ska, que tinha uma batida marcada e dançante, misturava elementos com o rhythm ‘n’ blues que foi ficando mais lento, já que os dançarinos da época reclamavam do calor que sentiam ao dançar o rápido ritmo.
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....Old pirates, yes, they rob I ..................................Velhos piratas, sim, eles me roubaram

....Sold I to the merchant shipps...............................Me venderam para os navios mercantes
....Minutes after they took I from the bottom...Minutos depois de terem me tirado daquele
....less pit.......................................................................buraco sem fundo
....But my hand was made strong..............................Mas minha mão foi feita forte
....By the hand of the almighty...................................Pelas mãos do todo-poderoso
....We forward in this generation triumphantly......Chegamos a essa geração em triunfo
....All I ever had is songs of freedom.........................Tudo o que sempre tive foram canções de
....................................................................................... liberdade
....Won't you help to sing these songs of.............Ajude a cantar essas canções de liberdade
....freedom......................................................................porque tudo o que sempre tive foram canções
....Cause all I ever had redemption songs,..........de redenção, canções de redenção
....redemption songs.....................................................Libertem-se da escravidão mental
....Emancipe yourself from mental slavery...............Somente vocês podem libertar suas mentes
....None but ourselves can free our minds.................Não tenham medo da energia atômica
....Have no fear for atomic energy..............................Porque nenhum deles pode parar o tempo
....Cause none a them can stop the time....................Até quanto eles vão matar nossos profetas
....How long shall they kill our prophets....................Enquanto não fazemos nada e olhamos
....While we stand aside and look................................Sim, alguém diz que isso faz parte da vida
....Yes some say it's just a part of it............................Temos de completar o livro
....We’ve got to fulfill the book.....................................Ajude a cantar essas canções de liberdade
....Won’t you help to sing, these songs of............Porque tudo o que tive foram canções de
....freedom......................................................................redenção
....Cause all I ever had, redemption songs.................Tudo o que tive foram canções de redenção
....All I ever had, redemption songs............................Essas canções de liberdade, canções de
....These songs of freedom, songs............................liberdade...
....freedom...
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....Nessa música, Bob Marley traz para discussão a questão da liberdade, conclamando a população negra a se libertar “da escravidão mental”, que lhe é imposta, para que não fique só olhando diante de uma injustiça, enquanto “eles”, os capitães, matam os profetas, fazendo uma referência ao assassinato de líderes ativistas como Martin Luther king e Steve Biko. Bob Marley diz para o povo ajudar “a cantar essas canções de liberdade” como um pedido para que se unissem para lutar por direitos. Marley frisa ainda que isso tudo dependeria deles próprios, pois somente assim conseguiriam atingir a plena liberdade.
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....Esses bailes, pela sua grande concentração de pessoas, eram aproveitados pelos toasters, hoje conhecidos como MC (mestre de cerimônia), que ora falando em conjunto com a música, ora aproveitando os intervalos, expunham problemas que interessavam à grande maioria pobre da ilha. Temas presentes no cotidiano dos moradores dos guetos como a desigualdade social, violência, racismo, sexo, drogas e a situação política do país, preenchiam os discursos dos toasters.
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....Nascendo da cultura popular jamaicana, essa manifestação começa a ganhar força como movimento de massa e a despontar como arma articuladora dos interesses das comunidades negras pobres. Seu objetivo é então o de informar, conscientizar e o de funcionar também como inspiração, não só para reivindicar direitos, mas também para animar a ação conjunta da comunidade com a finalidade de se auto-ajudarem frente aos problemas sociais resultantes da ineficiência dos poderes públicos em suprir as necessidades mínimas dessas comunidades.
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....Na década de 1970, após uma forte crise econômica e política que abateu a Jamaica, um grande número de pessoas, na busca de melhores condições de vida, se viu obrigado a emigrar para os Estados Unidos, aumentando assim o quadro de diferenças sociais desse país. Uma parcela desses imigrantes se mudou para os guetos de Nova York, em especial o South Bronx, contribuindo com o aumento da oferta de mão-de-obra imigrante barata e divulgando a cultura jamaicana, como é o caso do hoje conhecido como um dos precursores do rap, DJ Kool Herc.
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....Nessa época, os Estados Unidos vivenciava uma verdadeira guerra racial em que “[...] negros, latinos e imigrantes foram atacados, ameaçados e intimados por associações racistas e intolerantes” (SEVCENKO, 2002, p.113), e o aparecimento de lideranças de movimentos para a defesa dos direitos civis, como Martin Luther King e Malcom X. Nesse período, as músicas negras, como o jazz, o spiritual, o funk e o soul, tiveram um papel extremamente importante, funcionando como uma das principais expressões da cultura negra para instigar nos negros a auto-estima. Exemplo disso pode ser visto em James Brown “[...] que em shows fazia de uma frase do ativista sul-africano Steve Biko seu slogan: ‘Diga alto: sou negro e tenho orgulho disso’” (ROCHA; DOMENICH; CASSEANO, 2001, p.130).
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....Nos anos 70, o que se viu foi o grande crescimento das redes multinacionais, imigração de um grande número de indústrias para o terceiro mundo, expansão na área da telecomunicação por uma competição global econômica, novas e internacionais divisões de trabalho, substituição das fábricas por corporações, devido ao novo cenário urbano pós-indústrial que vinha se configurando. Essa nova fase da economia trouxe um impacto profundo para a oferta de trabalho urbano, aumentando ainda mais a discriminação racial já existente, e gerando instabilidade econômica. Nicolau Sevcenko (2002, p.115-116) resumiu bem a situação dos negros e de imigrantes nos Estados Unidos:
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...................O processo de globalização – com a liberação das barreiras
...................alfandegárias --, e o avanço das fabricas japonesas ligado a
...................robotização, provocou um acentuado declínio das indústrias da região.
...................Diante da força dos sindicatos locais, no seu esforço para sobreviver
...................essas empresas adotaram táticas gerenciais de reengenharia,
...................enxugamento e incremento tecnológico, as quais resultaram em
...................amplo desemprego, afetando particularmente as comunidades
...................negras [e imigrantes].
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....Para piorar a situação das classes mais baixas, as cidades foram perdendo gradativamente as verbas federais, que eram aplicadas em serviços sociais, fazendo com que as classes mais pobres ficassem mais desprotegidas ainda. Nova York, como grande centro financeiro mundial foi a cidade que mais sentiu os reflexos dessas transformações estruturais, tentando diversas vezes um empréstimo federal para conter a crise que se instaurava, que quando conseguido, veio com um pacote de cortes de serviços e com difíceis condições de pagamento.
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..................[...] esse dramático corte dos serviços sociais foi sentido de forma mais
..................grave nas áreas pobres de Nova York, onde a má distribuição de
..................renda era maior e, ainda por cima, a população sofria uma grave
..................crise de habitação que se estendeu até os anos oitenta [...] (ROSE,
..................1997, p.197).
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....As elites se aproveitaram da situação para comprar os velhos imóveis, para transformá-los em condomínios luxuosos. Empurrando cada vez mais os pobres para áreas quase sem nenhuma infra-estrutura, totalmente abandonados pelos poderes públicos, como o South Bronx, Brooklyn e Queens, dividindo assim Nova York;
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..................[...] entre um grupo de administradores de escritório altamente
..................influente, tecnocrata e profissional que administra a vida financeira e
..................comercial de uma cidade internacional e um setor desempregado ou
..................subempregado [prestadores de serviço] em serviços, basicamente
..................formado por negros e hispânicos. (ROSE, 1997, apud WALKOWITZ,
..................1990, p.197).
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....O abandono que as comunidades pobres sofriam só ganhou atenção nacional e internacional no verão 1977, quando:
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..................[...] dois acontecimentos críticos transformaram Nova York e o South
..................Bronx em símbolos nacionais de ruína e isolamento. [...] um
..................extenso racionamento de energia provocou um blecaute em Nova
..................York e centenas de lojas foram saqueadas. Nos bairros mais pobres (o
..................South Bronx, Bedford Stuvensant, o Brownsviller e as áreas de Crown
..................Heigths e no Brooklyn, a área da Jamaica em Queens e Harlem)
..................aconteceu a maior parte dos saques. Esses bairros foram descritos
..................pelos órgãos de imprensa de Nova York como território sem lei,
..................onde o crime é sancionado e o caos borbulha na superfície. [...] (ROSE,
..................1997, p. 200-201, grifo nosso).
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....Com o alto índice de desemprego os jovens das comunidades pobres foram os que mais sentiram os reflexos dessa nova configuração econômica, que passou a estreitar ainda mais os caminhos para uma ascensão social, mantendo-os presos a bairros sem infra-estrutura, com baixa escolaridade e sem atividades de lazer, criando um ambiente hostil e violento onde as gangues foram conquistando terreno e adeptos fazendo das ruas verdadeiros frontes de batalhas como uma forma de demarcar e proteger seus territórios de gangues rivais.
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....É nesse contexto de abandono social e diversidade racial que surge uma das formas de expressão social e racial mais sólida da sociedade contemporânea. Nesse mesmo contexto, os moradores desses guetos abandonados buscam em sua própria desgraça formas de se relacionarem uns com os outros, criando sua própria identidade cultural, e assim, mostrando, que apesar de tudo, a criatividade do ser humano pode conseguir superar ou pelo menos amenizar as dificuldades.
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....Clive Campbell, um dos imigrantes jamaicanos que se mudou para Nova York com sua família, em busca de melhores condições de vida e procurando refugio da crise econômica e política que a Jamaica enfrentava, trouxe consigo também as práticas de lazer que já dominava os guetos de Kingston e que ganhariam facilmente adeptos no South Bronx. Essa prática era o sound systems e o toasters, não com carros de som como em seu país, mas começando com festas em seu apartamento. Surgindo como alternativa frente aos bailes caros de Manhattam, as promoções de Campbell começaram a atrair muitos espectadores atrás de diversão (MAXIMILIANO, 2006).
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....A área tecnológica estava em expansão e os recursos analógicos começavam a sair de cena, dando lugar a produtos com tecnologia digital. Os “toca-discos e LPs” foram substituídos pelos leitores digitais e CDs, que se tornaram objetos de desejo das pessoas mais abastadas, que após a troca de seus aparelhos colocavam os toca discos nas ruas como sucata (SEVCENKO, 2002). Morando nos Estados Unidos, Campbell inovou a técnica do sound systems. Utilizando esses antigos toca-discos, descobriu que unindo dois tocadores com dois discos de vinil iguais, e com a ajuda de um mixer e agindo com certa sincronia, conseguia prolongar o tempo do break (partes instrumentais) da música. Mais tarde Campbell ficou conhecido como DJ Kool Herc. Sua contribuição para o rap não ficou só nisso, inventou também o scrach, ao tocar os discos ao contrário rapidamente, produzindo um efeito como uma arranhadura, fazendo o movimento back to back (vai e vem) com as pontas dos dedos, selecionando frases rítmicas de efeito percussivo. Entretanto, foi o DJ Grandmaster Flash quem aprimorou essa técnica de discotecagem, ficando conhecido por suas inovações e contribuições para a construção da música rap como “[...] a colagem, a sincronização e a mixagem de trechos de diferentes vinis. Além disso, criou a primeira bateria eletrônica [...] que batizou de beat Box” (ROCHA; DOMENICH; CASSEANO, 2001, p.128).
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.... Kool Herc também trouxe da Jamaica um pouco da influência do toasters (mestre de cerimônia), ao fazer saudações aos que entravam na pista de dança em ritmo entrecortado.
....Insatisfeito com as grandes proporções que a violência nas periferias tinha tomado, um jovem afro-americano, Afrika Bambaataa, deu início a uma campanha contra a violência para que as gangues deixassem de lado suas diferenças e começassem uma nova batalha, só que artística, “[...] dando origem às emblemáticas batalhas de break (4)” em South Bronx. (ROCHA; DOMENICH; CASSEANO, 2001, p.127).
4. Dança de solo, praticada em rodas, como a capoeira. Os movimentos são quebrados e assemelham-se, basicamente, aos gestos de robôs” (ROCHA; COMENICH; CASSEANO, 2001, p.142).
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....Foi em 1972, numa das badaladas festas promovidas pelo DJ Kool Herc, que Afrika Bambaataa, também conhecido por promover festas, ficou impressionado com as inovações que Kool Herc havia desenvolvido para tocar músicas. Pressentiu então que aquelas novas formas se encaixariam em seus projetos para um novo estilo musical para ser usado nas batalhas de break. Mais tarde isso acabaria como um dos elementos culturais do Hip Hop.
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....Afrika Bambaataa é o criador do termo Hip Hop, para um movimento cultural que foi desenvolvido nos Estados Unidos com a junção de elementos da cultura popular, que era praticado pelas comunidades marginalizadas das regiões periféricas das grandes metrópoles, como South Bronx localizado em Nova York. O Hip Hop (5) é composto por quatro elementos, b. boy, DJ, grafite e MC. O meu objetivo aqui é trabalhar com o rap, junção entre DJ e MC.
5. O b. boy “’b’ é abreviação de break e boy significa garoto. O termo refere-se ao garoto que dança break [...] Feminino b.girl”, o segundo é o DJ, “abreviatura de disc-jóquei. No universo do rap é aquele que faz os efeitos sonoros da música, como os scratches”, o terceiro é o grafite “pintar ou desenhar (com spray ou tinta) muros, painéis, túneis etc..., com logotipos ou desenhos relacionados com o movimento hip hop. Utilizam letras tortas ou engarrafadas [...]”, e por ultimo o MC “abreviatura de máster of ceremony (mestre de cerimônia). Rappers que cantam e animam os bailes”. (ROCHA; DOMENICH; CASSEANO, 2001, p.142-145).
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....Bambaataa começou então a trabalhar fazendo uso das habilidades desenvolvidas por Kool Herc com discotecagem. No entanto, remodelou as músicas que vinham sendo utilizadas até então, mudando o repertório e utilizando uma discografia com ritmos que faziam extremo sucesso nos guetos do South Bronx, como o soul e o funk, que na época eram os fenômenos das pistas de dança dos guetos. Os MC’s começaram a aparecer nessas festas, reconfigurando as práticas dos toasters jamaicanos, que antes falavam paralelamente às canções que estavam sendo executadas, e que agora começavam a improvisar letras acompanhando o ritmo do break. Esse improviso foi introduzido por Grandmaster Flash, Kool Herc e Afrika Bambaataa, que, atuando também como MC’s, entregavam o microfone nas mãos dos dançarinos. Conseqüentemente, em formas rítmicas, foram surgindo discursos temáticos nos trechos das músicas com “[...] estimulo à auto-estima da juventude negra, a denuncia de sua exclusão cultural e econômica do mundo branco, e necessidade de transformar sua própria realidade por meio da conscientização coletiva” (ROCHA; DOMENICH; CASSEANO, 2001, p.129).
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....A partir dessas práticas foram surgindo grupos de rap que abandoaram as rodas de b. boys para comporem grupos musicais com o propósito de divulgar esse novo estilo musical nos guetos norte americanos. “Os primeiros discos de rap começaram a aparecer no final da década de 1970, mas o primeiro grande sucesso comercial do ritmo foi o disco Raising Hell (1986), do grupo americano Run DMC” (ZENI, 2004).
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....O rap é o mais novo estilo afro-musical, seguindo uma série que através de canções de protesto pretende criar nos seus ouvintes, não apenas uma identidade negra, mas também sentimentos de revolta alertando para problemas que os negros sofrem pela discriminação de sua cor.
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..................“O grito (uma fala em via de tornar um canto) foi a
..................primeira forma musical encontrada pelos escravos para
..................expressar suas emoções dentro do campo de trabalho. Por
..................meio dele, o negro exteriorizava seus sentimentos. Servia
..................também como forma de comunicação, inclusive nas ocasiões
..................em que mensagens secretas tinham de ser
..................transmitidas” (ROCHA; SOMENICH; CASSEANO, 2001,
..................P.129 apud TELLA, 1995).
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....Segundo Janaina Rocha, Mirella Domenich e Patrícia Casseano (2001), o grito é uma das bases de outra importante forma musical afro-americana: o spiritual, que era uma manifestação musical religiosa, que mais tarde serviria de base para o surgimento do blues. O blues e o spiritual são a base do soul, que mais tarde seria o precedente do funk, uma forma mais agressiva no que se refere à crítica social e racial. Como disse acima, o rap é a versão mais atualizada da música negra. Aproveita-se de músicas de cantores de soul e funk, como James Brown, para montar suas bases sonoras, adicionando as rimas dos MC’s para completar sua forma.
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....As músicas feitas pelos rappers aos poucos foram ganhando adeptos e ouvintes por todo os Estados Unidos na década de 70, ganhando repercussão nacional, mais tarde se espalhou para várias partes do mundo.
Douglas R. Machado



Bibliografia



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1 comentários:

Daniel Olmedo disse...

Salve mestre, blz? Sou mc e pesquisador e curti muito o seu artigo. Gostaria de manter contato e saber mais do seu trabalho, como te encontro nas redes sociais?